Algumas vezes somos surpreendidos por acontecimentos em nossas vidas que nos fazem refletir sobre como o tempo de Deus é diferente do nosso. Sobre como as respostas Dele nunca vem quando esperamos, mas quando chega a hora certa. Domingo (15/08/2010) no SIRAC (http://siraquianos.blogspot.com/) cheguei a comentar sobre como sábado (o dia anterior) havia sido um divisor de águas na minha vida (e olha que não foi um dia extraordinário).
A manha já começou diferente, porque o Ricardo (https://twitter.com/erre84) e o Felipe (https://twitter.com/felipe_fhp) vieram me buscar em casa pra subirmos juntos ao Jd. Vera Cruz. Eram mais ou menos 10min. pras 8H da manhã quando a campainha tocou, eu estava tomando o café e fui atender o portão de boca cheia. Quando chegamos a Sagrado Coração descobrimos que seria uma celebração especial, a liturgia seria a mesma que vimos na preparação e no ensaio (Graças a Deus), mas seria em honra a São Maximiliano Kolbe (http://pt.wikipedia.org/wiki/Maximiliano_Kolbe), fundador da MILÍCIA DA IMACULADA (http://www.miliciadaimaculada.org.br/ver3/). Não me pergunto o porquê, mas isso foi um sinal e tanto pra mim. Depois da celebração, veio o segundo sinal, nos pediram para ajudar na implantação do MEJ (Movimento Eucarístico Jovem http://www.mej.com.br/) na comunidade. Meu, eu fiz parte do MEJ entre os 11 e 13 anos quando morava no Parque América. Acredite, esse foi um sinal pra mim também.
Já faz oito meses que voltei a participar na igreja e retornei a missão, mas confesso que ainda assim andava meio perdido, como que faltando algo. Esse tempo todo o que mais pedia a Deus é por uma direção, por um caminho. Há mais ou menos 3 semanas encontrei por acaso o Ricardo no ônibus e diante de uma noticia bomba (não vem ao caso agora) começamos a conversar sobre pra onde os caminhos de Deus nos levam e chegamos ao assunto do 1º amor, não a 1ª namorada ou a 1ª paixonite aguda da vida de cada um, mas o 1º encontro pessoal com Deus. Falamos sobre como voltar ao 1º amor, reatar os 1ºs laços com Deus, retomar o fervor inicial.
Relembramos que no começo da nossa caminhada duas coisas nos sustentavam. 1º que toda sexta-feira, lá pelas 19H da noite (eu, Ricardo, Serginho, Naldo, Eliana, Rodrigo, Serafim, etc.) tínhamos um encontro marcado com Deus, ADORAÇÃO. Mas não era um encontro desses grandes, não havia exposição, cronogramas, condução, nem horários a serem seguidos, apenas entravamos na capela do Santíssimo com corações e um violão, nos ajoelhávamos ou sentávamos diante do sacrário e nos sentíamos a vontade, como se estivéssemos na sala de estar da casa do Senhor num encontro pessoal, intimo, descontraído e espontâneo entre irmãos e Deus no nosso meio conversando, ensinando e rindo conosco simples assim, como imagino que deve ter sido entre Jesus e seus discípulos. A 2ª coisa eram os terços nas casas. Uma ou duas vezes por semana tínhamos um terço marcado na casa de alguém na comunidade. Íamos levar Deus juntos com Nossa Senhora para quem estivesse precisando, fosse essa pessoa participante ativo ou não. Foram tantas e tantas as vezes que fomos recebidos em casa estranhas e armados com a Palavra e a COROA DE ROSAS (o Santo Rosário) evangelizamos na simplicidade da oração do Santo Terço. Depois de um tempo cada um foi pra um lado, seguiu seu caminho.
Tem uma música que diz o seguinte (http://www.youtube.com/user/RASTROBANDA#p/u/0/Z6oIKkeNQz0): “O tempo é como um livro que é escrito a punho por suas mãos”, a mesma música diz assim: “São histórias já escritas aonde fazemos alteração”, essa letra refere-se ao livre arbítrio que recebemos pela adoção divina, em outras palavras como um pai Deus tem planos muito bem pensados pra cada um de nós, mas Ele nos dá a liberdade de escolha em decidirmos o caminho que vamos tomar, a direção em que vamos seguir. Acho que foi isso que aconteceu com a gente, tínhamos o mapa do tesouro em nossas mãos, mas certos lances da vida nos fizeram tomar caminhos diferentes, optamos por direções que nos separaram. Onde nos perdemos desse tesouro?
Hoje, depois de um longo deserto, voltamos a nos encontrar por ação do próprio Deus (tenho convicção disso). E agora estamos trabalhando pra voltar a encontrar o caminho descrito no mapa desenhado nesse livro escrito a punho pelas mãos de Deus. Sinceramente, não sei ainda aonde tudo isso vai me levar, mas não to me preocupando muito com isso. O importante neste momento é descobrir o próximo passo nessa caminhada e seguir no sentido certo, na direção que Deus quer e que muito provavelmente, através de Maria Ele vai me indicar.
“Se demorar, espere-a, pois certamente ela virá e não atrasará.”
HABACUC 2,3c
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